Não há dúvidas de que o comércio no Brasil, atualmente, está
totalmente profissionalizado. É preciso ter, no mínimo, conhecimento técnico na
área para alcançar sucesso. A arquitetura de lojas, a exposição dos produtos e
a comunicação visual dirigida ao cliente sofreram o mesmo crescimento e hoje
estão num nível de desenvolvimento sem precedentes.
A iluminação tem muita importância em uma instalação comercial,
tornando-se um dos principais fatores para o sucesso do negócio. Em qualquer
loja, independentemente da atividade, a iluminação determina o ambiente, dando
destaque aos objetos, às cores e aos pontos de maior interesse, fazendo com que
seu produto não seja depreciado por falta de boa iluminação.
Iluminar adequadamente um ambiente comercial obedecendo sempre às
orientações técnicas é fundamental em qualquer ponto de venda. A primeira
preocupação é a fachada, mas não devemos desprezar a iluminação interna, que
deve levar em conta a mercadoria e o público alvo.
Um projeto de iluminação deve levar em conta uma pesquisa onde foi
comprovado que 80% da percepção de mundo que tem o ser humano se dá pela visão.
Os supermercados foram um dos primeiros segmentos de lojas a fazer uso da luz
para valorizar os produtos, especialmente no setor de carnes - com iluminação
valorizando o vermelho - e no de frutas e verduras - enfatizando o verde. Outro
fator importante a ser ressaltado é que a alternância da luz, direta ou
indireta, pode determinar comportamentos diferenciados, provocando menor ou
maior satisfação do consumidor. Além de
ser um dos elementos que mais valorizam a decoração, um projeto luminotécnico
representa uma economia a médio e longo prazo para os clientes, tanto em
energia elétrica como em custos de manutenção.
Um projeto
luminotécnico pode ser resumido em:
• Escolha da
lâmpada e da luminária mais adequada.
• Cálculo da
quantidade de luminárias.
• Disposição
das luminárias no recinto.• Cálculo de viabilidade econômica.
Cuidados
básicos devem ser tomados num projeto, como por exemplo o direcionamento do
foco de uma luminária, para se evitar que essa crie sombras perturbadoras,
lembrando, porém, que a total ausência de sombras leva à perda da identificação
da textura e do formato dos objetos. Uma boa iluminação não significa luz
distribuída por igual. Outro cuidado
simples mas fundamental é com que a iluminação inadequada não transforme o
vidro da vitrine em espelho e esconda o produto. Um
dos requisitos para o conforto visual é a utilização da iluminação para dar ao
ambiente o aspecto desejado. Sensações de aconchego ou estímulo podem ser
provocadas quando se combinam a correta tonalidade de cor da fonte de luz ao
nível de iluminação pretendida.
Alguns projetos luminotécnicos sugerem alternar luminárias embutidas em rebaixos
do teto para instalar lâmpadas PAR e fluorescentes de tonalidade amarela,
oferecendo iluminação geral difusa. Alguns pontos da loja recebem lâmpadas dicroicas
e LEDS, distribuídas para destacar móveis e objetos em ritmo não uniforme.
Outros projetos já são de caráter teatral, numa composição que propicia efeitos de luz e resulta num criativo
painel de cores. Luminárias com lâmpadas fluorescentes e filtros de correção
podem proporcionar esse efeito. Em alguns casos, dispositivos de iluminação
embutidos nos expositores com LEDS permitem alternar a ambientação interna para
loja, bar, local de desfile, festas ou eventos num mesmo ambiente.
Normalmente, num bom projeto luminotécnico, durante o dia lâmpadas de alto índice
de reprodução de cores (IRC) permitem a perfeita visualização das peças em
exposição. À noite,
recursos cênicos promovem um show de luzes na vitrine, para transformar a loja
em referência de luminotécnica dinâmica e atual. Nesses casos, estabelecem-se
dois sistemas distintos: um funciona durante o horário de atendimento e o
outro, cênico, é usado após o fechamento da loja. Todos os componentes podem
ter comandos eletrônicos
independentes. A vitrine, por exemplo, pode ser iluminada por projetores
equipados com lâmpadas de vapor metálico na tonalidade branca e filtros dicróicos
coloridos, atraindo a atenção de quem passa pela rua. Luminárias orientáveis
são embutidas no forro e reforçam a linearidade do espaço. Sancas com
fluorescentes lineares na área do caixa, plafoniers com incandescentes comuns e
halógenas dicróicas completam a iluminação
funcional.
Todos esses exemplos que eu citei aqui podem
parecer complicados, mas com a ajuda de um bom profissional da área você vai
transformar sua vitrine em um comentário pela cidade. O importante é saber
tirar partido dos vários tipos de lâmpadas encontradas no mercado e usar o
projeto luminotécnico para valorizar os produtos à venda.
É preciso estar em contato com as
tendências mundiais: com a dinâmica do comércio e a globalização, sempre se
corre o risco de "envelhecer" rapidamente. Uma loja deve seduzir o
consumidor, fazer da compra uma experiência prazerosa, causar emoção,
satisfação. Lembre-se: o cliente quer ser seduzido e
entretido.
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