quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Iluminação para ambientes comerciais


Não há dúvidas de que o comércio no Brasil, atualmente, está totalmente profissionalizado. É preciso ter, no mínimo, conhecimento técnico na área para alcançar sucesso. A arquitetura de lojas, a exposição dos produtos e a comunicação visual dirigida ao cliente sofreram o mesmo crescimento e hoje estão num nível de desenvolvimento sem precedentes.
A iluminação tem muita importância em uma instalação comercial, tornando-se um dos principais fatores para o sucesso do negócio. Em qualquer loja, independentemente da atividade, a iluminação determina o ambiente, dando destaque aos objetos, às cores e aos pontos de maior interesse, fazendo com que seu produto não seja depreciado por falta de boa iluminação.
 
 
Iluminar adequadamente um ambiente comercial obedecendo sempre às orientações técnicas é fundamental em qualquer ponto de venda. A primeira preocupação é a fachada, mas não devemos desprezar a iluminação interna, que deve levar em conta a mercadoria e o público alvo.
Um projeto de iluminação deve levar em conta uma pesquisa onde foi comprovado que 80% da percepção de mundo que tem o ser humano se dá pela visão. Os supermercados foram um dos primeiros segmentos de lojas a fazer uso da luz para valorizar os produtos, especialmente no setor de carnes - com iluminação valorizando o vermelho - e no de frutas e verduras - enfatizando o verde. Outro fator importante a ser ressaltado é que a alternância da luz, direta ou indireta, pode determinar comportamentos diferenciados, provocando menor ou maior satisfação do consumidor. Além de ser um dos elementos que mais valorizam a decoração, um projeto luminotécnico representa uma economia a médio e longo prazo para os clientes, tanto em energia elétrica como em custos de manutenção.
 
 
Um projeto luminotécnico pode ser resumido em:
• Escolha da lâmpada e da luminária mais adequada.
• Cálculo da quantidade de luminárias.
• Disposição das luminárias no recinto.
Cálculo de viabilidade econômica.

 
 
Cuidados básicos devem ser tomados num projeto, como por exemplo o direcionamento do foco de uma luminária, para se evitar que essa crie sombras perturbadoras, lembrando, porém, que a total ausência de sombras leva à perda da identificação da textura e do formato dos objetos. Uma boa iluminação não significa luz distribuída por igual. Outro cuidado simples mas fundamental é com que a iluminação inadequada não transforme o vidro da vitrine em espelho e esconda o produto. Um dos requisitos para o conforto visual é a utilização da iluminação para dar ao ambiente o aspecto desejado. Sensações de aconchego ou estímulo podem ser provocadas quando se combinam a correta tonalidade de cor da fonte de luz ao nível de iluminação pretendida.
 
 

Alguns projetos luminotécnicos sugerem alternar luminárias embutidas em rebaixos do teto para instalar lâmpadas PAR e fluorescentes de tonalidade amarela, oferecendo iluminação geral difusa. Alguns pontos da loja recebem lâmpadas dicroicas e LEDS, distribuídas para destacar móveis e objetos em ritmo não uniforme.
 
 
Outros projetos já são de caráter teatral, numa composição que propicia efeitos de luz e resulta num criativo painel de cores. Luminárias com lâmpadas fluorescentes e filtros de correção podem proporcionar esse efeito. Em alguns casos, dispositivos de iluminação embutidos nos expositores com LEDS permitem alternar a ambientação interna para loja, bar, local de desfile, festas ou eventos num mesmo ambiente.
Normalmente, num bom projeto luminotécnico, durante o dia lâmpadas de alto índice de reprodução de cores (IRC) permitem a perfeita visualização das peças em exposição. À noite, recursos cênicos promovem um show de luzes na vitrine, para transformar a loja em referência de luminotécnica dinâmica e atual. Nesses casos, estabelecem-se dois sistemas distintos: um funciona durante o horário de atendimento e o outro, cênico, é usado após o fechamento da loja. Todos os componentes podem ter comandos eletrônicos independentes. A vitrine, por exemplo, pode ser iluminada por projetores equipados com lâmpadas de vapor metálico na tonalidade branca e filtros dicróicos coloridos, atraindo a atenção de quem passa pela rua. Luminárias orientáveis são embutidas no forro e reforçam a linearidade do espaço. Sancas com fluorescentes lineares na área do caixa, plafoniers com incandescentes comuns e halógenas dicróicas completam a iluminação funcional.
 
 
Todos esses exemplos que eu citei aqui podem parecer complicados, mas com a ajuda de um bom profissional da área você vai transformar sua vitrine em um comentário pela cidade. O importante é saber tirar partido dos vários tipos de lâmpadas encontradas no mercado e usar o projeto luminotécnico para valorizar os produtos à venda.
 
 
É preciso estar em contato com as tendências mundiais: com a dinâmica do comércio e a globalização, sempre se corre o risco de "envelhecer" rapidamente. Uma loja deve seduzir o consumidor, fazer da compra uma experiência prazerosa, causar emoção, satisfação. Lembre-se: o cliente quer ser seduzido e entretido.
 

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