quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Arquitetura diferenciada valoriza lojas e vitrines

Não importa qual seja seu produto: roupas, informática, carros, eletrodomésticos, comida por quilo ou mesmo uma grife da moda. Todo bom comerciante sabe que para vender bem, uma loja precisa ter preços competitivos, ótimo atendimento e boa localização. Mas além disto, um cuidado especial com o visual da loja - ou seja, sua arquitetura - tornou-se fundamental nos dias atuais. Não precisa ser sofisticada e cara - basta trabalhar corretamente com forma, luz e cor.
 
A arquitetura vem se tornando cada vez mais acessível e visível. Os prédios ganham grife e seus interiores são elaborados por profissionais que personalizam com sua marca esses espaços. Com criatividade, bons profissionais contornam a tecnologia deficitária brasileira e transformam muitas vezes fachadas antigas e inóspitas em verdadeiras embalagens de grande impacto visual. São infinitas as possibilidades da composição de uma loja e estas podem se transformar, nas mãos de um bom arquiteto, em gigantescos outdoors.
 
 
A solução arquitetônica é definida pelo espaço físico disponível (localização do terreno ou construção já existente), muitas vezes superando obstáculos como lotes reduzidos ou construções vizinhas de grande destaque. Neste caso específico, contrapondo-se ao cenário de grandes vitrines no entorno, pode-se abrir para a rua apenas uma pequena janela quadrada. Esse elemento marcante da arquitetura se destaca em meio à fachada totalmente simples. É um recurso extremo e cuja intenção é tornar a vitrine algo intrigante. Em alguns casos, como restaurantes localizados nas ruas, para manter a privacidade dos clientes é praticamente necessário “fechar” a fachada, propiciando privacidade mas não perdendo a beleza estética do estabelecimento comercial. É interessante observar como o conceito da fachada orienta todo o projeto do interior das lojas.
 
 
Em casos de instalações comerciais em terreno de pequenas dimensões, as lojas podem ter aberturas envidraçadas que transformam os interiores em autênticas vitrines. Na face voltada para a via pública, a opção deve ser por um desenho limpo, na superfície o logotipo da loja e o vão frontal totalmente tomado pela fachada-vitrine.  Dessa forma, da rua pode-se observar quase a totalidade do interior - e estimula a entrada.
 
 
Quando o ponto comercial fica numa esquina, a arquitetura pode tirar partido máximo dessa condição. Permitindo vistas de ângulos diversos, o projeto da loja deve priorizar uma vitrine em evidência. Muitas vezes por trás das formas simples esconde-se uma engenhosa elaboração e uma complexidade de composição.
 
Muitas vezes, para atender a legislação da prefeitura, recuos na parte frontal e numa das laterais do lote podem favorecer a arquitetura. Nestes casos, onde as dimensões ficam ainda menores, o recurso principal é destacar a fachada com materiais diferenciados, demarcando a presença do imóvel.  Réguas de madeira de reflorestamento, tijolos aparentes reaproveitados de antigas edificações contrastam com a alvenaria e criam rico impacto visual. Uma fachada surpreendente, um grande vão envidraçado, pequeno jardim e pátio externo favorecido pelos recuos acomodam-se num agradável arranjo que convida à entrada e estimula a permanência.
 
 
Aliás, explorar revestimentos diferenciados em contraste com elementos comuns em construções (alvenaria e vidro) atrai a atenção do pedestre e destaca o imóvel do entorno. Telhas metálicas, ripados de madeiras ou cimento queimado usados de uma forma harmônica, proporcionam uma contraposição visual responsável por um caráter mais acolhedor. Outro recurso utilizado e de grande efeito é trabalhar o piso da calçada de forma a sugerir que a loja é um prolongamento do meio externo e vice-versa, criando a sensação de maior amplitude interna. Tudo isso se levando em conta que a arquitetura não pode se destacar mais que os produtos à venda.
 
 
Lembre-se que o projeto arquitetônico comercial deve apresentar propostas personalizadas para atingir o público que o proprietário deseja atrair. Cada mercado tem suas peculiaridades. Se, por um lado, o comércio brasileiro se desenvolve a passos largos, por outro é necessário, por parte dos profissionais do setor, constante atualização e a consciência de que, para obter êxito, qualquer negócio deve ser apoiado no devido planejamento estratégico e assessoria técnica especializada.

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